A transformação digital na área da saúde tornou-se essencial para aprimorar a eficiência operacional, a qualidade do atendimento e a sustentabilidade financeira das instituições. Nesse contexto, o conceito de hospital digital ganha destaque, representando organizações que integram tecnologias avançadas em seus processos assistenciais e administrativos.
Mas como medir o grau de maturidade digital de um hospital?
É nesse cenário que entra o modelo EMRAM (Electronic Medical Record Adoption Model) da HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society), um modelo internacionalmente reconhecido que classifica hospitais de acordo com seu nível de digitalização, indo do nível 0 ao 7. Neste artigo, vamos explorar o que é um hospital digital, como funcionam os níveis de maturidade digital segundo o HIMSS, os desafios enfrentados para avançar nesses estágios e como se preparar estrategicamente para essa jornada, com apoio tecnológico eficiente.
A metodologia EMRAM, da HIMSS, avalia a adoção de prontuários eletrônicos e soluções tecnológicas nos hospitais. Os níveis vão de 0 a 7 e representam, de forma progressiva, o quanto a tecnologia está integrada e operacional dentro da instituição.
Nível 0: Ausência de suporte informatizado; os processos são predominantemente manuais.
Nível 1: Implementação de sistemas básicos de TI, como laboratórios e farmácia, mas sem integração entre eles.
Nível 2: Sistemas clínicos começam a ser incorporados, com integração limitada entre departamentos.
Nível 3: Introdução do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) em algumas áreas, com documentação eletrônica inicial.
Nível 4: Expansão do PEP para incluir suporte à decisão clínica e integração mais ampla entre sistemas.
Nível 5: Implementação de sistemas de gestão de medicamentos com circuito fechado, garantindo maior segurança ao paciente.
Nível 6: Hospital quase totalmente digital, com alta interoperabilidade entre sistemas e uso avançado de análises de dados.
Nível 7: Ambiente totalmente digital e sem papel (paperless), com dados de saúde integrados e interoperáveis, processos suportados por dados e sistemas de apoio à decisão disponíveis para auxiliar os profissionais.
Alcançar níveis mais altos no EMRAM reflete um compromisso com a excelência operacional e assistencial, promovendo maior segurança, eficiência e qualidade no atendimento ao paciente.
Os desafios da transformação digital hospitalar e como superá-los
Avançar na escala de maturidade digital não é uma tarefa simples. Muitos hospitais enfrentam limitações orçamentárias, resistência da equipe às mudanças, ausência de cultura analítica e dificuldade em integrar diferentes sistemas.
Além disso, nem sempre os gestores têm clareza sobre quais são os passos necessários para evoluir digitalmente. Alguns hospitais já possuem sistemas, mas não sabem como otimizá-los. Outros ainda não mapearam seus processos manuais e, por isso, operam com custos invisíveis, como glosas, desperdícios e retrabalho.
A transição para níveis superiores de maturidade digital apresenta desafios significativos, incluindo:
Investimento financeiro: A implementação de tecnologias avançadas requer recursos financeiros consideráveis, o que pode ser um obstáculo para muitas instituições.
Resistência à mudança: Profissionais de saúde podem demonstrar resistência à adoção de novos sistemas e processos digitais.
Integração de sistemas: Garantir que diferentes sistemas de TI se comuniquem de forma eficaz é um desafio técnico complexo.
Capacitação de pessoal: É essencial treinar a equipe para utilizar de forma eficaz as novas tecnologias implementadas.
Superar esses desafios exige planejamento estratégico, liderança comprometida e uma abordagem centrada no paciente.
Preparando-se para avançar nos níveis do EMRAM
Para progredir na escala de maturidade digital, os hospitais devem considerar as seguintes etapas:
Avaliação do estado atual: Compreender em qual nível do EMRAM a instituição se encontra atualmente.
Definição de objetivos claros: Estabelecer metas específicas para alcançar níveis superiores, alinhadas à missão e visão do hospital.
Desenvolvimento de um plano estratégico: Elaborar um roteiro detalhado que inclua cronogramas, orçamentos e responsabilidades.
Engajamento das partes interessadas: Envolver todos os níveis da organização, desde a alta administração até os profissionais da linha de frente.
Monitoramento e avaliação contínuos: Implementar mecanismos para acompanhar o progresso e fazer ajustes conforme necessário.
O que muda para o paciente e para o gestor hospitalar?
A maturidade digital não é um tema que impacta apenas a área de tecnologia ou a TI. Os efeitos positivos são sentidos em toda a cadeia de atendimento, desde o acolhimento até a alta hospitalar.
Para o paciente, um hospital digital significa:
Maior segurança na assistência;
Menos tempo de espera;
Acesso facilitado a informações;
Redução de erros clínicos e administrativos.
Já para o gestor, os benefícios incluem:
Redução de custos operacionais;
Aumento da previsibilidade financeira;
Indicadores de performance em tempo real;
Maior capacidade de tomada de decisão baseada em dados;
Cumprimento de protocolos e redução de glosas.
Ou seja, digitalizar não é apenas “modernizar”. É estruturar uma operação mais inteligente, sustentável e centrada em resultados assistenciais e econômicos.
Como a Invisual pode apoiar seu hospital nessa transformação?
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